Tem coisa mais legal do que pegar um livro que
você acabou de comprar e ter a certeza que viverá momentos de prazer ao
folheá-lo e não sossegar enquanto não acabar a sua leitura?
Pois foi o que aconteceu comigo quando comprei
o Aprendiz de Cozinheiro (Bob Spitz, Zahar, 50
reais). Tudo começa quando o autor começa a dar jantares para os amigos. Seu
talento vai se revelando aos poucos. Até que ele entra numa crise de
meia-idade – agravada pelo fim do seu casamento e pelo vazio causado pelo fim
do projeto “The Beatles” (superbiografia – o livro óbvio!)– e decide ter aulas de
culinária na França e na Itália.
O autor escreve de uma maneira
totalmente envolvente. A descrição de tudo é primorosa, e os detalhes te levam
a se sentir no próprio lugar onde ele aprendeu a cozinhar. Neste caso, só
faltou o livro exalar o cheiro das comidas. Começa aí uma narrativa confessional, com
receitas, choques culturais e – claro – referências musicais que, no entanto,
não ofuscam o prato principal: a gastronomia.
Leia Trecho
“Em uma viagem pelas melhores escolas de culinária da França
e da Itália, Spitz teve aulas com grandes chefs e acompanhou o trabalho na
cozinha de restaurantes estrelados. Aprendeu técnicas e receitas fantásticas
que generosamente divide com o leitor. E muito mais do que isso: essa inusitada
aventura mostrou-lhe como é possível superar a dor e a angústia, apontando um
novo rumo para a sua vida.”
E existem, claro, as receitas. Que, em sua maioria, usam
ingredientes simples. Ele ensina até a fazer um suflê de batatas. Os pratos
fazem parte do enredo. E também convidam o leitor a colocar a mão na massa.
Vale a pena!
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