Ainda nos momentos históricos de Petrópolis, outra dica de um bom livro
vai para A Canja do Imperador, de J.A. Dias
Lopes (Companhia Editora Nacional; 446 páginas; 38 reais). Misturando crônicas
e receitas, a obra é um passeio cultural pela cozinha dos séculos, revelando as
preferências e os caprichos culinários de reis, papas, escritores e de D. Pedro
II.
O
Imperador, homem de hábitos simples, gostava mesmo era de uma canja de galinha.
D.Pedro II era tão fascinado por canja de galinha - ou de macuco, uma ave
nativa do Brasil, que foi sua principal alimentação nos últimos anos de vida,
no exílio na França. Mas, ainda quando estava no Brasil, o imperador não
dispensava uma canjinha nem nos intervalos das peças teatrais que assistia.
Normalmente, o terceiro ato só começava depois que D. Pedro II terminasse de
tomar a canja no camarote do teatro. Ele também contribuiu para que produtos
genuinamente brasileiros entrassem no cardápio da Corte.
O
livro só não traz a receita da canja. Mas nem era preciso. Toda mãe sabe como
fazer uma canja revigorante em casa. A de D. Pedro II levava galinha cozida e
desfiada, caldo do cozimento da galinha, arroz e legumes. A canja teve origem
na Índia e veio parar na mesa do imperador. Os motivos e as inspirações
gastronômicas da França na cozinha de D. Pedro II estão no livro. Vale a pena
ter em casa.
“Nunca houve alguém que gostasse tanto de
canja quanto o imperador Dom Pedro II. Impossível calcular quantas vezes ele
saboreou esse prato em 66 anos de vida (1825-1891). Era um predileção tão forte
que se tornou, nos últimos tempos, o único prato de suas refeições. Tanto fazia
se era canja de galinha ou de macuco - ave brasileira como o peru, conhecida
pelo pio de uma nota só, pelo ovos azuis e pela carne deliciosa, atualmente
ameaçada de extinção e protegida por lei. O importante é que fosse um sopa rica,
capaz de dispensar pratos complementares. O imperador a sorvia com
surpreendente prazer para uma pessoa de paladar pouco exigente. Seus olhos
brilhavam de felicidade cada vez que levava à boca a colher de prata com aquela
saborosa combinação de arroz, caldo e carne”.
Vamos a receita?
canja
do imperador
inGREDIENTES:
· 2 sobre-coxas de frango
· 1
litro
de água
· 5 colheres de óleo
· 1 cenoura cortadas em cubinhos
· 1 batata cortada em cubinhos
· 3 dentes de alho amassados
· 2 colheres de cebola batidinha
· 1 xícara de arroz bem lavado
· 1 colher de vinagre de vinho
· 2 colheres de salsa picadinha
· Sal
· pimenta do reino e louro em pó a
gosto
PREPARO:
Tempere o
frango com o alho, sal, pimenta, vinagre e louro de véspera. Não retirar as
peles.
Leve o óleo ao
fogo e dourar bem o frango. Retirar o frango da panela, escorra o óleo e doure
a cebola. Coloque a marinada e mais um pouco de água na panela para obter um
caldo dourado.
Recoloque o
frango na panela com o restante da água e deixar cozinhar por meia hora.
Retire o
frango e desfie. Volte com ele à panela e coloque a batata, a cenoura e o
arroz. Deixe cozinhar até que fique super cozido. Se precisar, colocar mais
água fervente.
No momento de
servir salpique a salsa.
Não parece que a comida ganha um ar de história?
Nossa que delícia!! Alem de tudo de bom a história é interessantíssima.Adorei!!!
ResponderExcluirQue bom!
Excluirbjo
Este comentário foi removido pelo autor.
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